Erwin Dobnig Galtier

FAAP - Centro Inova de Tecnologia by Erwin Galtier

FAAP inaugura núcleo de inovação e empreendedorismo com foco no desenvolvimento de projetos de base tecnológica , uma escultura que se tornou o metro quadrado mais high­ tech da América Latina.
(Por Francisco Paletta, diretor da Faculdade de Computação e Informática da FAAP)

FAAP.PNG

Vidros com cristal líquido e fototérmicos, tecidos  plásti­cos e um sistema de iluminação programável são apenas algumas das tecnologias utilizadas em um dos mais arro­jados  projetos da  Fundação Armando Alvares  Penteado (FAAP),O Centro  inova de Tecnologia. Trata-se de um nú­cleo  de  desenvolvimento de negócios e empreendimento de alta tecnologia, de forma cúbica, transparente e giratória,concentrado em uma área de 20,8 metros quadrados e com acesso controlado por  um sistema que reconhece as veias da palma da mão do visitante, o PalmSecure. O conceito do projeto é o de obra de arte, aliando uma infraestrutura tecnológica a um design arrojado, que pode ser apreciado de dentro e de fora do campus, com  perspecti­vas diferenciadas durante o dia e à noite.
O Centro Inova de Tecnologia é uma iniciativa nascida do desejo da FAAP de disponibilizar aos alunos e professores um núcleo com os mais avançados recursos tecnológicos. A idéia é estimular a inovação e o reendedorismo do aluno, em um ambiente altamente tecnológico. "Este projeto quebra os paradigmas de que o desenvolvimento da tecnologia se dá em ambientes confinados. Além disso, é multidisciplinar, por permitir envolver alunos e professo­res de diferentes carreiras, sendo assim mais um convite à criatividade", define o arquiteto Ricardo Julião.
Um dos maiores desafios com o qual se defrontam educa­dores, empresários, governos e profissionais envolvidos com a área de gestão da inovação tecnológica é a pouca disponibilidade de dados práticos afeitos à área, e que estes sejam comprovados , com vínculos claros oriundos da realidade empresarial,governamental e de negócios. O cenário atual do Brasil pede que sejam modernizadas as práticas competitivas de nossas organizações. A universi­dade, neste contexto, será chamada para dar suporte ao esforço requerido para competir de igual para igual com 

outras sociedades e economias, procurando assegurar a construção de um País socialmente mais equilibrado e mais próspero.
A busca por profissionais de primeiríssima qualidade é o item mais importante da agenda das organizações nos dias de hoje. Não estão em jogo apenas as oportunidades de expan­são num mundo cada vez mais competitivo, mas a própria sobrevivência do negócio em um cenário globalizado.
Se o panorama nacional nos faz crer que a demanda por recursos humanos de excelência será o grande desafio das organizações, está mais do que na hora das instituições de ensino superior (IESs),empresas e governos proporem  soluções para este cenário.

Tecnologia:Elemento Principal

Mais de 20 especialistas estiveram envolvidos no projeto do Centro Inova de Tecnologia,concentrando assim as mais diversas áreas do conhecimento:tecnologia da informação(TI),mobilidade,design,arte,engenharia elétrica,mecânica e civil,arquitetura,automoção predial,instalações e equipamentos,materiais,ar condicionado,conforto,luminotecnia e mecanização. Uma das metas do projeto foi a busca por um design arquitetônico inovador e moder­no que sintetizasse a leveza do ambiente no interior do laboratório. Todos os itens de infra-estrutura para seu fun­cionamento, como distribuição elétrica,sistema de ar con­dicionado e antenas wireless, foram especialmente projetados com a finalidade de produzir uma obra de arte moderna e futurista.
Todo o sistema de alimentação elétrica se localiza em seu eixo central,assim como o sistema de regulagem de tem­peratura,fixado no piso. Montado em chapa de aço inoxi­dável, o piso é perfurado, o que permite que o ar condici­onado seja insuflado de maneira uniforme por todo o es­paço. Além disso, o piso é elevado, a fim de acomodar todo o sistema elétrico e facilitar a manutenção.Alguns   dos materiais estão sendo utilizados pela primeira vez no Brasil,como a tela metálica GKD, que tem por obje­tivo reduzir a passagem da radiação solar. "Com esse pro­jeto, a FAAP se mostra, mais uma vez, atenta às tendên­cias do mercado, oferecendo ao aluno acesso a recursos sofisticados,associados à inovação. Nosso objetivo é formar empreendedores tecnológicos, profissionais que, além das qualidades técnicas, possuam formação em gestão, gerando riquezas a partir do conhecimento", declara o prof. Victor Mirshawka, diretor-cultural da FAAP.

INOVAÇÃO É O ELEMENTO FOMENTADOR DO PROJETO

Afinado com a filosofia da FAAP de promoção da criatividade,o Centro Inova de Tecnologia surge como um espaço high-tech dos alunos para o desenvolvimento de projetos de empreendimentos inovadores e tecnológicos.Estes projetos contam com o apoio de empresas parceiras como Intel,Cisco,Microsoft e Fujistu,por meio de Acordos de Cooperação Tecnológica que visam à transferência de tecnologia,know-how,treinamento e programas de certificação.Além do acesso às tecnologias de ponta disponibilizadas por estas empresas,a idéia é criar uma aproximação ainda maior do aluno com o mercado de trabalho.Pólo de excêlencia em alta tecnologia,aFAAP possui o que há de mais moderno em seu campus para facilitar o acesso à informação:a tecnologia wireless.Qualquer aluno ou professor pode acessar a internet,de qualquer lugar do campus.Trata-se do primeiro projeto para a implantação de áreas de conectividade sem restrição de espaço em uma IES na América do Sul,que só foi possível graças À gestao inovadora da Fundação e à tecnologia de empresas líderes no mercado de TI:Intel e Cisco.

SOBRE A INTEL
A Intel trabalha há seis anos em parceria com a FAAP, com o objetivo de promover a inovação tecnológica. O Centro Inova de Tecnologia, que contou com suporte e consultoria da Intel, permitirá a aplicação e o uso das mais avançadas tecnologias para o desenvolvimento de negócios. Este projeto, faz parte do trabalho da Intel de estimular o sistema educacional para a adoção e o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas cada vez mais eficientes.

SOBRE A FUJITSU
A Fujitsu é líder no fornecimento de soluções de comuni­cação e TI concentradas nas necessidades dos clientes para o mercado mundial. Tecnologias líderes, plataformas de telecomunicação, computação de alta confiabilidade/ desempenho e divisões mundiais de especialistas em sis­temas e serviços colocam a Fujitsu em uma posição única para expandir as infinitas possibilidades da Internet de banda larga, proporcionando o sucesso de seus clientes. A parceria com          a FAAP faz parte da estratégia da empresa em desenvolver e prover tecnologia de ponta para diver­sas áreas do mercado, inclusive para o setor educacional. O PalmSecure garantirá extrema segurança ao acesso do corpo acadêmico e docente da instituição.

SOBRE A CISCO
Desde o final de 2004, os alunos, professores e funcioná­rios da FAAP têm à disposição acesso seguro à Internet sem fio, em banda larga, em todas as dependências da Fundação. A Cisco forneceu todo o equipamento necessá­rio para tornar este acesso possível, o que inclui 254 access points operando em 2,4 GHz no protocolo 802. 1 1g, com 54 Mbps ( megabits por segundo) de largura de banda. O benefício do acesso sem fio está agora à disposição dos usuários do Centro Inova de Tecnologia, integrando-se ade­quadamente ao conceito futurista e high-tech que a FAAP oferece a seus alunos. A Fundação também está em pro­cesso para se tornar uma nova usuária do Programa Cisco Networking Academy. Com o programa, os alunos terão a oportunidade de aprimorar seus currículos no segmento de redes a partir de cursos oferecidos pela FAAP. O obje­tivo é proporcionar capacitação a esses futuros profissio­nais, mediante certificações reconhecidas mundialmente, aumentando sua empregabilidade.

EDUCAÇÃO DE OLHO NO FUTURO
Consolidada como uma das mais importantes e respeita­das IESs do País, em seus quase 60 anos dedicados ao ensino e às artes, a FAAP tornou-se um pólo de alta tecnologia: campus wireless, salas multimídia, smartboards e recursos de TI.
Olhando para os desafios do futuro, a FAAP criou o Centro Inova de Tecnologia, contribuindo dessa maneira para o desenvolvimento tecnológico do país. Iniciativas como esta.resultam em conseqüência imediata para as IESs, pois ampliam os horizontes profissionais dos estudantes e abrem o mercado para as empresas. Principalmente quan­do consideramos nossa participação em um mercado em que as tendências mudam da noite para o dia, e as deci­sões precisam ser rápidas e certeiras, porém sempre se­guindo estratégias globais; estas, sim, capazes de diferen­ciar as organizações e garantir resultados consistentes no que diz respeito à sobrevivência das empresas em um ce­nário globalizado.
As organizações estão sofrendo fortes pressões competi­tivas neste início de milênio, o que as obriga a manter-se em um contínuo processo de alerta, adaptação e ajuste às mutáveis condições ambientais, caso queiram manter sua sustentabilidade. Nos tempos atuais, as organizações de sucesso são aquelas capazes de se adaptar
 adequada­mente ao processo contínuo de mudanças no mundo di­nâmico e competitivo dos negócios. Mais ainda, o suces­so é maior à medida que elas se antecipam de maneira proativa a essas mudanças. O desafio está em proporcio­nar as bases necessárias para as manobras, permitindo que as empresas naveguem e se perpetuem mesmo dentro de condições mutáveis, cada vez mais adversas, em seu contexto de negócios.
O que afeta cada vez mais a todos nós, educadores ou indivíduos que se preparam para um futuro melhor, não são os elementos tangíveis da vida - os resultados quanti-­ tativos, por exemplo -, mas aqueles intangíveis: nossas esperanças e temores, nossas crenças e sonhos. Apenas as histórias (cenários) e nossa habilidade em visualizar di-­ ferentes tipos de futuro conseguem capturar adequada­- mente tais elementos intangíveis.
Os avanços tecnológicos são inegáveis e tendem, cada vez mais, a dar uma resposta eficiente aos desafios em­- presariais. Hoje, é imperativo que a tecnologia atenda às demandas de negócio, estimulando propostas para elimi­- nação de ineficiências nos processos internos e externos, ao longo das cadeias de valor. Nos próximos anos, conti-­ nuaremos assistindo a uma grande evolução dos negócios e das empresas, impulsionada pelos avanços da tecnologia e inovação. No cenário econômico em constante mutação do mundo moderno, a inovação tornou-se um fator ainda mais crucial no sentido de influenciar o planejamento es­tratégico.
O desafio da inovação requer um pensamento competiti­vo diferente e uma forma sistemática de busca de oportu­- nidades. As novas idéias são a moeda preciosa deste iní­- cio de século, e gerá-las não é necessariamente um pro­- cesso misterioso. A imagem do gênio solitário inventando coisas do nada é uma ficção romântica. Empresas que ino-­ vam, constantemente sistematizam a produção e o teste de novas idéias, e esse sistema pode ser reproduzido por qualquer empresa, inclusive a sua.
Como pólo de excelência em educação e cultura, a FAAP destina cada vez mais investimentos, na busca da melhoria constante de seus serviços e da sua infra-estrutura. Tal iniciativa visa consolidar nosso compromisso com a for­mação de nossos alunos e com a inserção da tecnologia em todas as áreas do conhecimento.
 


 

Eldorado Business Tower - SP (Artigo 2008 - 02) by Erwin Galtier

Eldorado Tower com vidros de alto desempenho Glaverbel/Grupo Galtier

Eldorado Business Tower - 03.PNG

Projeto Eldorado Tower,da Aflalo E Gasperini Arquitetos / Construtora Gafisa: fornecimento de vidros de alta tecnologia I vidros certificação leed I vidros bioclimáticos I vidros em cores neutras e incolores de altíssimo desempenho térmico I vidros low e baixa emissividade I vidros high tech.
Distribuímos: vidros polarizados I vidros anti bacterianos I vidros antideslizantes e antiderrapantes para piso I vidros aramados polidos Extra Clear com função estética e antifogo.
Espelhos high tech, anti bacterianos,anti embaçantes sem tomada elétrica /vidros para decoração interna e externa na cor branco neve absoluto ultra-white / tampos de mesa de 6 metros de comprimento em até 25mm / vidros para decoração interna e externa I vidros Jumbo de 6x3 metros em fachadas Clean Skin.
Projetos Turn key em parceria e apoio industrial da SUNGLASS Itália.

Eldorado Business Tower (2007) - SP by Erwin Galtier

Aflalo & Gasperini Arquitetos
Edifícios de escritórios,São Paulo e Rio de Janeiro


Projetos levam em conta custo operacional e impacto ambiental
Cinco empreendimentos estão em São Paulo e o sexto, no Rio de Janeiro

Eldorado Business Tower - 01.PNG

Seis edifícios de escritórios projetados por Aflalo & Gasperini estão entre os primeiros do país pautados pelos conceitos da sustentabilidade. Três deles, com obras em estágio avançado, estão passando ou já passaram pela pré-certificação no Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), do United States Green Building Council (USGBC). Três outros, em etapa de projeto, prevêem recursos para aumentar o conforto e diminuir o consumo operacional.
As torres dos condomínios Rochaverá e Eldorado, em São Paulo, e Ventura, no Rio de Janeiro, estão entre as primei­ras edificações corporativas de grande porte do país a receber a classificação Leed. Os empreendimentos seguem as re­gras Core and Shell Development Proiect (Leed-CS), que consideram núcleos e err­ voltórios (leia o quadro "Entenda o Leed Dois deles ainda se encontravam em fase de desenvolvimento de projeto quando seus empreendedores decidiram obter a certificação. O Eldorado já estava em obras e, ainda que não tenha sido projeta­do especificamente para obter o selo Leed sua pré-certificação é Platina, a mais elevada do sistema norte-americano de avaliação de sustentabilidade dos edifícios.                                                                                                                                                            Cada conjunto apresenta característi­cas próprias de projeto e ocupação, mas há alguns denominadores comuns, na maioria das vezes planejados para con­otar os requisitos obrigatórios para qualquer edificação que pleiteie a certi­fiação Leed.Alguns itens são bastante simples, tais como a previsão de espaço para bicicletário e área para vestiários, vagas de estacionamento preferenciais para veículos movidos a GNV ou álco­ol ou  ainda para automóveis usados por grupos de carona (carpool). Incluir esses detahes no projeto contribui no sentido reduzir a emissão de monóxido de carbono e outros poluentes na atmosfera.O conforto térmico também está previsto em itens como a criação de áreas verdes na cobertura, o que evita a imper­meabilização de uma grande superfície, ou a adoção de pinturas refletivas, cuja função  é refletir o calor para evitar sua difusão a as áreas internas. "Podemos usar uma ou outra solução, ou as duas combinadas,mas sempre reservando espaço para os equipamentos que devem ficar na cobertura",detalha a arquiteta Milena Abla Scala,coordenadora do escritório Aflalo & Gasperini e cuja tese de mestrado abordou edifícios sustentáveis.Ainda sob o aspecto de conforto ambiental está a especificação de vidros,considerando os índices de transmitância térmica e luminosa do material e a exigência de esquadrias estanques,que reduzem a penetração de ar,aumentando,assim,a eficiência energética do sistema de ar-condicionado."As janela não podem ser abertas,para evitar perdas térmicas e a entrada de poluição.Ma isso requer manuntenção adequada do sistema de ar-condicionado item que será auditado nas renovações da certificação",esclarece Milene.Outro cuidado com a qualidade do ar é o atendimento ao pré-requisito que proíbe o fumo não só no interior dos (..)
Fichas Técnicas
Eldorado Business Tower
local: São Paulo, SP
Data do inicio do projeto: 2001
Data da conclusão da obra: outubro de 2007
Área do terreno: 68.800 m²
Área construida total: 116.200 m²
Arquitetura :Aflalo & Gaspenrn Arquitetos - Eduardo Martins Ferreira, Fátima Moreira, Félix Araújo, Maria Cecília Castro e Mônica Diaz (coordenação); André Becker, André Bezerra de Melo, Bruno Luchesi, Camila Vicari, Camila Roma, Cátia Gonçalves, Christiane Campos, Letícia  emos, Marcela Monetti, Neiva Salto, Paulo Katz, Renata Arnosth, Thiago Giannini e Fernanda Marques (equipe) 
Incorporação : Gafisa
Acústica :Akkerman
Ar condicionado :Thermoplan
Automação: Soluções Inteligentes Integradas
Caixilharia: Mário Newton, Schüco, Adalume e RCM
Combate a incêndio:Ofos
Drenagem e impermeabilização: Proassp
Elevadores :Empro
Estacionamento: Ritti
Estrutura: França & Associados eCynlloJr.(concreto); Newton Nadruz e RCM (metálica)
Fundações:  Consulttrix
Instalações: Thermoplan e ENIT
luminotécnica: Franco & Fortes e Studio lx
Paisagismo: Benedito Abbud
Topoarafia Sérgio Frazin
Tráfego: Michel Sola Consultoria
Consultorias Oswaldo Bueno (ar condicionado), Moysés Zimelmam (hidráulica) e José Luiz Martini (elétrica)


Fornecedores
Pisoag (piso  elevado); Owa (forro); Glaverbel (vidros); Sá (granito); Lumini (luminárias); Daikin (ar condicionado); Docol (metais sanitários); Deca (louças sanitárias); Neocon (divisórias sanitárias); Portobello (porcelanato); Cecrisa (cerâmica)

Barra Trade III e V - RJ by Erwin Galtier

Concreto aparente e vidros, em conjunto de expressiva   plasticidade
 

Edifícios integram office park na Barra da Tijuca

Barra Trade III.PNG

Projetados pelo escritório Ecotech, o Barra Trade III e o Barra Trade V situam-se na Barra da Tijuca, zona oeste da capital carioca. Os dois fazem parte de um office park - tipologia que define edifícios de escritórios horizontais, na periferia dos grandes centros - e têm configuração baseada em vastas superfícies envidraçadas nas fachadas e fechamentos laterais em concreto. Materiais tradicionais que resultaram, porém, em formas de surpreendente  plasticidade.

Conceito vindo dos Estados Unidos,os office parks foram implantados no Brasil, mais notadamente em São Paulo e no Rio  de Janeiro,sobretudo a partir da década de 1990. Em geral, eles reúnem prédios poucos pavimentos, elaborados com a intenção de tornar  mais agradáveis os ambientes de trabalho, promover o intercâmbio profissional e incentivar o convívio amisto­so  entre os usuários. Desenhados por Eco­tech Arquitetura e Gerenciamento, os edifícios Barra Trade IlI e Barra Trade V são as duas mais recentes unidades desse mode­lo a integrar o Barra Trade, complexo idealizado na década de 1990, onde o escritório já havia projetado o Barra Trade I e o II. As duas novas edificações revelam vários atributos plásticos, pois, mesmo recorrendo a materiais tradicionais na arquitetura brasileira - basicamente o vidro e o concreto aparente -, os autores chegaram a um resultado estético bastante expressivo. "'ambos os prédios apresentam configura­ção semelhante, com plantas retangula­res acesso centralizado e a mesma implantação longitudinal em relação à avenida Luiz Carlos Prestes. Os dois tam­bém têm em comum o grau de permeabilidade visual das fachadas.Na implantação, o princípio seguido pe­los autores foi promover o melhor aprovei­tamento do terreno. De acordo com eles, a planta simétrica e a centralização do aces­so e da circulação vertical permitiram dimi­nuir percursos e otimizar o aproveitamento das instalações técnicas. No revestimento das fachadas, amplas áreas envidraçadas 

favorecem a relação entre interior e exterior e a iluminação natural.
O arquiteto Fernando Pinheiro Monte Fi­lho, sócio do Ecotech, conta que nos dois edifícios foram especificados vidros de alto desempenho térmico, que revestem gran­des superfícies sem sobrecarregar os equi­pamentos de ar condicionado. Esses vi­dros, de alto grau de transparência, impe­dem a passagem da carga térmica do exte­rior para os interiores e evitam que a tem­peratura interna oscile, mesmo que exter­namente ela esteja mais alta. Obtém-se, assim, a temperatura considerada mais adequada nos ambientes de trabalho.
Outro recurso de projeto que permitiu o aproveitamento da iluminação natural foi a criação de dois pátios internos em cada edifício. Implantados simetricamente nas porções centrais de cada bloco, eles tam­bém se  tornam elemento adicional de conforto térmico, pois através dessas aberturas o ar quente escapa para o alto. Externamente, as duas unidades apre­sentam propostas estéticas semelhantes,
que,em certos momentos, lembram sím­bolos do movimento moderno brasileiro.Como  o Aeroporto Santos Dumont (projeto dos irmãos Roberto), com sua linha ritmada de colunas posicionadas na parte externa das edificações.

Conforme determina o plano diretor para aquela área do Rio de Janeiro, elaborado pelo arquiteto Lúcio Costa. Ao escrever sobre o projeto, Carlos Eduardo Nunes Ferreira, diretor da Facul­dade de Arquitetura e Urbanismo da Uni­versidade Estácio de Sá, relata que "a objetividade do partido arquitetônico não se tornou um obstáculo para a particulariza­ção do projeto. Ao contrário, transformou­ se em base para a qualificação dos espa­ços e atributos para a identificação da forma ". Esse relato integrou as pranchas da Premiação Anual do IAB/RJ, na qual o edifício foi um dos contemplados. (Por Adilson Melendez) 

Ficha Técnica

Centro Empresarial Barra Trade Ili e Barra Trade V
local Rio de Janeiro, RJ  Data do projeto 2003
Data da conclusão da obra 2004
Ãrea do terreno 6.000 m (Ili); 5.000 m (V) Ãrea construída 6.950 m (Ili); 6.200 m' (V)
Arquitetura e & gerenciamento Ecotech Arquitetura e Gerenciamento
Estrutura Sbrasil Instalações gerais Aq
Ar condicionado Integrar Construção HSM
Fotos:Ecotech

Fornecedores
Solotec (rebaixamento de lençol freático); Solotes (sondagem); Consultrix (consultoria de fundação); Rectip (fôrmas); Gerdau (aço); Concremat. Tecquality, Tecnobrás (controle tecnolôgJco); Geral de Concreto (concreto); HP, lmpertec (impermeabilizaçào); CVT (estrutura metálica); MBP (consultoria de esquadrias); Alcoa, Fena/Matos & Filhos (esquadrias); Glaverbel, Pars (Vidros); Slnco, Carraca (instaladora geral); lmeco, Hagen-Rheydt (quadros de entrada e elétricos); Shaft, Wallcare (segurança contra incêndio e controle de acesso); Esteves (espelho d' água); Eságua, Robox(estação de tratamento de esgoto); Tempset (ar­ condicionado); Otis (elevadores); Alsen (pavimentação); Royal,Universo, Órbita Lacobel (revestimento); Lumini,Sky Light (iluminação); Exeplan (automação predial);Walfer(máquinas em geral);Contec(Tratamento de fachada);Lag(Forros);Landscape(paisagismo);Teleinfo(telefonia);Atex(Cubas para lajes);OK Security(CFTV);Seve(gesso);Metalgrade(grades);Portamatic(Portão das garagens);Pisoag(Pisos elevados)

AltaVila Center e Torre Piemonte - MG by Erwin Galtier

TORRE METÁLICA NA    PAISAGEM MINEIRA
AltaVila Center Class e torre Piemonte, Nova Lima, MG                                                                   Humberto Gontijo

AltaVila.PNG

Projetada para ser um novo ponto turístico da capital mineira, a torre Piemonte faz parte do empreendimento AltaVila Center Class. Construí­do em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, o conjunto é composto por um edifício-garagem e, implantado sobre ele, um shopping center.

Um dos principais condicionantes apresentados para o desenvolvimento do projeto arquitetônico era a criação de vagas de estacionamento para aten­der à demanda de clientes e funcioná­rios da montadora de automóveis Fiat, explorando o potencial do terreno de 7 mil metros
quadrados para outros usos. O arquiteto Humberto Gontijo propôs uma grande área de lazer e en­tretenimento, onde o marco principal é a torre coroada por um mirante, do qual se descortina a paisagem monta­nhosa da região de Nova Lima e Cae­tés, do pico do Itacolomi e das serras da Piedade e do Caraça.
Com 48 mil metros quadrados, o con­junto arquitetônico tem um edifício-ga­ragem com cinco pisos. Sobre ele, em recuo, foi instalado o volume do shopping center, com quatro pavimentos. Uma grande praça conduz ao hall de elevado­res do mirante, que possui desenho se­melhante ao de uma nave espacial. A torre é totalmente revestida com painéis de aço inoxidável e implantada a 400 metros do nível da praça do bairro Savassi, na re­gião central de Belo Horizonte.
No topo da torre foi acrescentado como elemento arquitetônico, um cone de 15 metros de altura, executado com tubos de aço inox preenchidos com con­creto. Chapas de aço inoxidável AISI 304 revestem o corpo da torre, a fachada do edifício-garagem e a cobertura do mi­rante. Nos dois primeiros, elas têm 1,5 milímetro de espessura e são escovadas; no último, um milímetro e acabamen­to de laminação. No total, a Acesita for­neceu cerca de 80 toneladas do mate­rial para a obra.
 

Planos diferentes

Como o terreno foi todo ocupado pela edificação, o arquiteto concebeu dois volumes para a fachada. No primeiro  trecho, correspondente aos pavimentos do edifício- garagem, ela é curva e revestida com
chapas de aço inoxidável. Já a parte destinada às lojas está em recuo e recebeu caixilhos produzidos com vidros laminados refletivos. Para abrigar  bares,  restaurante, casas noturnas e áreas de entretenimento, o edifício do shopping center exigiu fachada com propriedades acústicas. O consultor Délcio Eustáquio Braga, da BM Consultoria, especificou  caixilhos produzidos  com  vidros laminados Sunergy incolores, de 12 milimetros, prensados através de guarnições de EPDM focadas a perfis de alumínio da linha Grid, com acabamento anodizado preto fosco. Para evitar vazamento de som, na passagem de um andar para o outro e nas extremidades da fachada as colunas e os perfis de arremate foram preenchidos internamente com lã de vidro WFSO e manta asfáltica de três milímetros.

Obra calculada

Com 107 metros de altura - inclusive a fundação  é localizada em um ponto elevado da cidade, com  forte incidência de ventos, a torre foi objeto de estudos e cálculos rigorosos. segundo o calculista Antô­nio Carlos Rabelo, diretor da  Ancora Enge­nharia de Estruturas, os parâmetros utilizados para o projeto estrutural, que incluiu o mirante, foram: cargas permanentes, revestimentos, sobrecargas de utilização de 4,0 kN/metros quadrados ; e ventos com velocidade de até 190 km/h, com verificações da freqüên­cia, período e acelerações da estrutura.
"Entre os maiores  desafios estavam a limitação da deformações do topo da tor­re, sob a ação dos ventos, a restrição da aceleração a apenas 1% da aceleração da gravidade e a incorporação de sua estrutura a do prédio de garagem, compatibi­lizando os esforços, as deformações e os recalques", observa Rabelo.
A torre foi executada em concreto arma­do, apoiada em tubulões com profundidades médias de 15 metros. Pilares de concreto aparente servem de sustentação. Sua dimen­são robusta é justificada para evitar um ba­lanço desconfortável da edificação. A estrutura  totalmente  simétrica  permite  a  distri­buição  uniforme  das  cargas,  exceto  as  de vento, que são aleatórias. A base de 10 x 10 metros  vai  diminuindo  linearmente  até  a altura de 73 metros, quando a torre passa a medir  6,50  x  6,50  metros  de  diâmetro. A partir  desse ponto, abre-se o embasamento do mirante, com 30,60 metros de diâmetro, construído em concreto armado, tendo uma cúpula  de aço. O coroamento  da  estrutura é em forma  de ponteiras de concreto e aço. Os  diferentes  sistemas  de  fixação  das chapas de aço  inoxidável  no  revestimento da  cobertura  e  do  corpo  da  torre  foram dimensionado   para  atender  às cargas de­terminadas   nos  cálculos.  Definidos  o  tipo e a  espessura  das chapas, a empresa  Con­sultare fez testes de resistência à chuva e ao vento  em  laboratório,  com  um  protótipo de tamanho  real. Os painéis  foram  dimen­sionados para  suportar  cargas de ventos de até           190 km/ h; os pinos utilizados na fixa­ção têm resistência de até 700 quilos.

Torre panorâmica

No corpo da torre estão localizados os elevadores  e a  escada  que conduzem  ao mirante. Os elevadores  não panorâmicos preservam o impacto da vista para o mo­mento de chegada ao mirante, constituído de dois andares com 320 metros quadrados. No pavimento superior, onde foi ins­talado um  café, o mirante tem  raio de 11.320 milímetros, dispondo de 44 mó­dulos com vidro incolor de 1 .560 milímetros de largura e 2.400 de altura.  Des­tinado  à observação da paisagem , o pavimento inferior é um pouco menor: tem raio de 10.450 milímetros e 40 mó­dulos de caixilharia, com vidros de 1.590 milímetros de largura e 2.130 de altura.O fechamento do mirante recebeu caixilhos especiais, compostos por mon­tantes de aço inoxidável e perfis perifé­ricos, fixados por meio de suporte. Este é ancorado com chumbador de expan­são, na parte inferior da edificação, e atra­vés dele foi fixada a coluna. As esquadrias de aço inox estão presas à estrutura de aço carbono do mirante por parafusos e chumbadores de expansão. Todos os ele­mentos de fixação são de aço inoxidável, segundo Délcio Braga.Na interface dos aços carbono e inoxi­dável foi utilizada fita anticorrosiva Scotch RAP 50. A própria coluna de aço inoxi­dável faz o acabamento nas juntas dos caixilhos, pelo  lado externo, enquanto internamente foi criada uma tampa para fixação dos vidros e acabamento. a parte inferior da esquadria, no exterior, a vedação foi feita com tarucel e silicone.Para garantir total estanqueidade à fa­chada do mirante, na instalação dos vidros laminados de 12 milímetros colocou-se guarnição adesiva de PVC, no lado exter­no do quadro, e de EPDM, internamente. A acústica é garantida por uma solução de projeto, que indicou inclinação negativa de 3%; as ondas sonoras são rebatidas para o teto,tratado para absorver o som.
               

Sistemas de fixação
A integração entre as empresas partici­pantes do projeto facilitou o trabalho. Em parceria com a Mercometal, a Acesita criou um sistema de instalação com suportes e en­caixes. As chapas de aço inoxidável foram transformadas em bandejas com abas, con­tendo ganchos que se encaixam em pinos, na estrutura auxiliar, previamente alinhados, no prumo e nivelados. Arlena Montesano, responsável pelo setor de desenvolvimento de mercado para construção civil da Acesi­ta, comenta que o projeto desenvolvido para a instalação do revestimento atendeu às solicitações estéticas do arquiteto, que buscava as menores juntas possíveis."Viabilizamos a utilização do aço inoxidável com o com­prometimento e a participação de todas as empresas envolvidas no processo';ela afirma. o edifício-garagem  e no corpo da torre foi adotado o sistema de fachada ventilada, com as chapas instaladas em uma estrutura auxiliar de alumínio, por meio de ganchos-pinos. Devido às cargas de vento e ao tamanho dos painéis, com di­mensões de 1,5 milímetro de espessura,1.270 milímetros de largura e comprimen­tos de 1.730 e 1.860 milímetros, foram utilizados três ganchos-pinos, dispostos verticalmente em cada lado dos painéis.Uma das vantagens do sistema venti­lado é o colchão de ar que se forma en­tre as placas metálicas e a parede de con­creto ou alvenaria. Além de promover a ventilação das áreas revestidas, o vão fa­cilitou a montagem dos painéis. O sistema permite a vazão das águas pluviais sem a utilização de calhas. As juntas entre os painéis são abertas e possuem dez milímetros
na horizontal e cinco na vertical, reduzindo o efeito grade.
Na cobertura da torre, a fixação foi feita pelo sistema arc-weld.Nele, as chapas de um milímetro de espessura e modulação variável foram fixadas lateralmente, por parafusos soldados nos painéis a cada 150 milímetros de distância. Depois,  foram parafusadas em cantoneiras de alumínio, com furo oblongo, para permitir regula­gem e ajuste fino.Testes de laboratório para as tensões máximas de torção e arranca­mento detectaram que o sistema resiste a tensão de até dez toneladas.Para o revestimento do forro e testei­ras dos dois pavimentos da torre, onde as placas foram instaladas horizontalmente, foi adotado outro sistema de fixação. As abas dos painéis  estão ancoradas  na estrutura secundária de alumínio, por parafusos au­tobrocantes de aço inoxidável. Para evitar folgas e corrosão, as juntas têm dez milí­metros. Cada bandeja possui furos simples em uma das abas e um oblongo na outra, permitindo o intertravamento dos painéis.
Alguns fatores colaboraram para que o trabalho resultasse em uma superfície totalmente no prumo e nivelada: a medição a laser, a criação de estrutura auxiliar de alumínio e a aplicação criteriosa dos sistemas de fixação. No revestimento da torre, a perfeita disposição dos pinos nas chapas permitiu  o encaixe preciso  das peças na estrutura de fixação. Para garantir a estética e facilitar a lavagem da fachada pela chuva, as chapas foram colocadas no sentido do lixamento, na vertical. "Se elas fossem instaladas aleatoriamente, sem res­peitar o sentido do acabamento, haveria diferença de tonalidade", afirma Arlena.

Curvaturas

Constituído por duas lajes de concreto circulares, o mirante possui abas inclina­das, executadas com a utilização de estru­tura metálica de aço carbono. O engenhei­ro Gedeon Lucas de Oliveira, sócio-diretor da Mercometal , lembra que, para melhor desenvolver os trabalhos de instalação das chapas, a torre foi  dividida em setores: corpo, testeiras inferior, média e superior e cobertura. Cada quadrante do corpo da torre tem aproximadamente 420 metros quadrados de revestimento. A modulação permitiu o máximo de aproveitamento das chapas. Para as testeiras e forros do mirante, a modulação se adaptou a cada face, otimizando o uso e se ajustando à superfície desejada .Devido ao formato do corpo da tor­re, as chapas de inox foram levemente cur­vadas, mas não calandradas. Primeiro foram dobradas e depois colocadas num berço de madeira, para moldar a curva­tura. Cada uma recebeu no verso uma peça de reforço, também de aço inoxidável, cortada a laser no mesmo raio da chapa e soldada às suas abas. As peças de reforço mantêm a mesma curvatura em todos os painéis. São perfis de aço inox dobrado, posicionados no meio do painel, no sentido horizontal. as extremidades eles são soldados e no meio, fixa­ dos com silicone estrutural.Para otimizar a utilização do material, as chapas têm diferentes comprimentos. A modulação de 1,14 x 2,40 metros permi­tiu que dos retalhos de corte fossem ex­traídas as peças de reforço. As chapas usa­das para cobrir as áreas do mirante não puderam seguir uma modulação única. Todo o processo de usinagem e transfor­mação das chapas de inox em painéis foi realizado pela empresa Metalfisa, que empregou uma máquina de corte a laser, com paginação exata do dimensionamento das peças. (Por Gilmara Gelinski)

 

Ficha técnica
Obra : AltaVila Center Class e torre Piemonte
Cliente: Asti e Torre Piemonte
Local: Nova Lima, MG Projeto: setembro de 1998
Conclusão da obra: agosto  de 2005
Área do terreno : 7.000 metros quadrados
Área construída: 48.000 metros quadrados
Equipe técnica
Arquitetura: Humberto  Gontijo (autor); George Constantin e Cristine Boerge(colaboradores)
Construtora:  GL -  Hugo  Ângelo Laborne e Estevam Quintino dos Santos
Consultoria de planejamento: Malheiros
Cálculo  estrutural: Antônio  Carlos N.Rabelo
Consultoria de vidros e esquadrias : BM Projeto e execução dos painéis de aço
inox: Mercometal e Acesita
Usinagem dos painéis:Metalfisa
Consultor de estrututra metálica:Costa Baião
Fornecedores
Painéis de aço inoxidável: Acesita
Perfis de alumínio: Alcoa
Vidros:  Glaverbel